Sede do CRF-PR - Curitiba |
"Fiscalizar a ética no exercício da profissão farmacêutica” este foi o propósito de todos os profissionais farmacêuticos, quando na década de 30 iniciaram tímidas discussões para a criação de um órgão que resgatasse valores da profissão e a organizasse como classe, na ocasião cogitou-se a ideia de formar a Ordem dos Farmacêuticos do Brasil – OFB, seguindo os moldes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Mas criar um órgão para fiscalizar uma categoria e dar as diretrizes à profissão não é algo simples, requer, principalmente, união, esforço conjunto e abnegação de hábitos bastantes arraigados. Ou seja, seria necessário rever a conduta profissional dos farmacêuticos e formatar as leis que garantiriam o futuro da profissão.
Após as primeiras ideias lançadas, finalmente em 1953, foi aprovado o anteprojeto que daria origem a OFB durante a XI Convenção Brasileira de Farmacêuticos, realizada em Curitiba. A partir daí, durante os eventos profissionais, a classe farmacêutica passou a se articular e organizar comissões para a realização de audiências com alguns políticos, abaixo-assinados e moções foram entregues até a aprovação e criação da Ordem. Foi o primeiro e decisivo passo para a promulgação, em novembro de 1960, da Lei 3.820, que criou o Conselho Federal de Farmácia – CFF. Após 08 meses, no dia 05 de julho de 1961, o plenário do CFF editava as duas primeiras resoluções, a primeira aprovava o seu Regimento Interno e a segunda criava dez Conselhos Regionais, entre eles o CRF-9, que abrigava os Estados do Paraná e Santa Catarina.
Desde a sua fundação, em 14 de outubro de 1961, a valorização da profissão farmacêutica é uma das principais bandeiras levantadas pelo CRF-PR. Ao fazer uma retrospectiva dos 60 anos de atuação do Conselho, entre outros aspectos, não resta dúvida de que o fato de, atualmente, 98% das farmácias do Estado contarem com a presença de um farmacêutico é a mais importante vitória conquistada pela categoria.
Ao fazer um resgate da história do CRF-PR, não é difícil constatar que muitas das reivindicações feitas no passado ainda são atuais. Mas o balanço da mobilização de toda a categoria juntamente com outras entidades, durante todos estes anos, em volta à “Moralização da Profissão”, o resultado é positivo, tendo em vista que o farmacêutico conquistou estabilidade no mercado de trabalho, respeito e o reconhecimento da sociedade.
Gemma Galgani, a Santa padroeira dos Farmacêuticos
Santa Gemma Galgani |
Nascida em 12 de março de 1878, em Comiglino na Itália, Gema Galgani era a quinta filha de uma família de oito irmãos. Vinda de uma educação católica tradicional, seus pais eram de origem nobre, sendo o pai, um próspero farmacêutico. Aos oito anos de idade, ela perdeu a mãe e foi enviada pelo pai a um semi-internato católico em Lucca. Um pouco mais velhas, aos 19 anos. Gema perdeu o pai e algum tempo depois, adoeceu. Acamada pela meningite e sem esperanças de cura, ela recebeu uma novena e, no último dia dessa novena, Gema estava curada.
Devota de São Gabriel, ela faleceu em 11 de abril de 1903. Em 1917, as autoridades da igreja católica começaram a estudar sua vida e, em 14 de maio de 1933, resolveram beatificá-la. Em 02 de março de 1940, Gema foi canonizada. Por conta dessa história de fé, em 1945, os farmacêuticos católicos de Botucatu, no interior de São Paulo elegeram Santa Gema Galgani como padroeira dos farmacêuticos, sendo que esse reconhecimento foi estendido a todo o território nacional.