Notícia: Anticorpos monoclonais no tratamento da COVID-19

Publicado em 23 de ago. de 2021

Anticorpos monoclonais no tratamento da COVID-19


Anticorpos monoclonais no tratamento da COVID-19

O genoma do SARS-CoV-2 codifica quatro proteínas estruturais importantes que compõem a espícula, o envelope, a membrana e o nucleocapsídeo do vírus, além de outras não estruturais e acessórias.

Utilizando o domínio de ligação ao receptor, a proteína da espícula se liga à enzima conversora de angiotensina 2 presente na superfície da célula humana, o que resulta em alterações conformacionais que permitem a fusão do vírus com a membrana e sua entrada na célula.

 

Anticorpos monoclonais

Anticorpos monoclonais (ACMs) têm demonstrado reduzir o risco de hospitalização e morte em pacientes com fatores de risco em estudos randomizados e controlados por placebo. Eles se ligam à proteína da espícula e dificultam a ligação com a enzima conversora de angiotensina 2.        

Três medicamentos contendo ACMs foram autorizados para uso emergencial pela Anvisa (uso restrito a hospitais):

  • Associação de casirivimabe e imdevimabe
  • Associação de banlanivimabe e etesevimabe
  • Regdanvimabe

 

Fatores de risco

Os ACMs são usados em pacientes com COVID-19 leve a moderada com fatores de risco para progressão da doença, entre eles:

  • Obesidade
  • Doença renal crônica
  • Diabetes
  • Doença imunossupressora/tratamentos imunossupressores
  • Idade igual ou superior a 65 anos
  • Idade igual ou superior a 55 anos com doença cardiovascular, hipertensão ou doença respiratória crônica   

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O que são ACMs?           

Anticorpos monoclonais são anticorpos produzidos em laboratório com o objetivo de aumentar a resposta imune do organismo contra invasores como agentes infecciosos e câncer.

Eles podem ser produzidos a partir de células B de pacientes convalescentes ou animais expostos ao antígeno. A seleção de células B permite a identificação de anticorpos que tenham a especificidade e a afinidade necessárias para se ligar ao vírus e impedir sua entrada nas células.

Enquanto os anticorpos monoclonais são idênticos e se ligam a um epítopo específico no antígeno, os anticorpos policlonais compõem uma população heterogênea com capacidade de ligação a vários epítopos no mesmo antígeno.

 

Referências

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anvisa autoriza uso emergencial de novo medicamento para Covid-19. Disponível em: <www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/anvisa-autoriza-uso-emergencial-de-novo-medicamento-para-covid-19>. Acesso em 13 ago. 2021.

COVID-19 TREATMENT GUIDELINES PANEL. Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) Treatment Guidelines. National Institutes of Health. Disponível em: <https://files.covid19treatmentguidelines.nih.gov/guidelines/covid19treatmentguidelines.pdf>. Acesso em 13 ago. 2021.

TAYLOR, PC. et al. Neutralizing monoclonal antibodies for treatment of COVID-19. Nat Rev Immunol, v. 21, 2021. Disponível em: <www.nature.com/articles/s41577-021-00542-x>. Acesso em 17 ago. 2021.

 

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Fonte: CIM/CRF-PR

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