Notícia: Maior hospital pediátrico do Brasil completa 100 anos

Publicado em 30 de out. de 2019

Maior hospital pediátrico do Brasil completa 100 anos


Maior hospital pediátrico do Brasil completa 100 anos

O Hospital Pequeno Príncipe impressiona por seus números, pioneirismo e atuação, mas transformar a vida de crianças e adolescentes é o que o torna referência em todo país

O profissional de Farmácia sempre esteve presente nas equipes de assistência do maior hospital pediátrico do Brasil, o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, que este ano completa 100 anos. Atualmente, os farmacêuticos atuam em vários setores e estão presentes em todas as unidades do Complexo Pequeno Príncipe, que abrange, além do Hospital, as Faculdades e o Instituto Pequeno Príncipe.

Por ser pediátrica, a Farmácia do Hospital possui uma demanda maior comparada a outros hospitais, já que fraciona mais de 2,3 mil doses por dia, entre medicamentos e quimioterápicos. Cerca de 75% das prescrições que chegam à unidade são para fracionamento. Ou seja, já saem na dose exata que o paciente precisa tomar. “Nosso foco é a segurança do paciente, em muitos casos não existe doses adequadas ao público pediátrico e por isso, as doses dos medicamentos administrados são conferidas por um farmacêutico”, esclarece a coordenadora da Farmácia do Hospital Pequeno Príncipe, Dra. Julliana Bassani. Com 81 profissionais, dez deles farmacêuticos, a área auxilia diretamente na assistência ao paciente e está relacionada a todos os processos que envolvem o medicamento, desde a seleção, compra, armazenamento, manipulação e dispensação do material.

Também há os residentes de Farmácia, que se dedicam essencialmente à Farmácia Clínica. Eles participam do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Criança e do Adolescente oferecido pelo Hospital, em parceria com as Faculdade des Pequeno Príncipe. Estes profi ssionais atuam no suporte à beira do leito, acompanhando as prescrições de medicamentos feitas aos pacientes que estão internados nas UTIs e aos pacientes do Serviço de Oncologia. Com isso, o farmacêutico repassa às equipes de assistência informações a respeito dos medicamentos, sua dosagem, interação medicamentosa e com alimentos, reações adversas, entre outros.

Além disso, todas as prescrições de antibióticos, antifúngicos e antimicrobianos feitas pelos médicos aos pacientes internados são avaliadas por um farmacêutico, com o objetivo de evitar a resistência bacteriana, considerada uma ameaça global à saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Todo esse trabalho é acompanhado pelo Núcleo de Pesquisa Clínica, criado em janeiro de 2010, em parceria entre o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe e o Hospital Pequeno Príncipe, para acompanhar os estudos clínicos que ocorrem na unidade hospitalar. As pesquisas visam o avanço no tratamento de doenças e contribuem para o aprimoramento do conhecimento médico e do prognóstico, mantendo a segurança e o bem-estar dos pacientes como prioridade.

Segundo a coordenadora do Núcleo e dos residentes e membro do Grupo de Trabalho Técnico de Farmácia Hospitalar e Clínica do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná (CRF-PR), a farmacêutica, Marinei Campos Ricieri, a pediatria é uma das especialidades mais complexas, por conta da diversidade de faixa etária e os aspectos fi siológicos que isso envolve, onde o profissional está mais suscetível ao erro de prescrição. “Por isso, o papel do farmacêutico é essencial. Não temos como trabalhar hoje sem um farmacêutico”, diz.

 

 

O diretor clínico do Hospital, Dr. Donizetti Giamberardino, explica que o papel do farmacêutico na dispensação e controle de prescrições sempre foi de muita importância. “Desde 1996, quando se instituiu a Farmácia com dose unitária, trazendo o fracionamento seguro de medicamentos e ao mesmo tempo as manipulações de medicamentos de doenças complexas, seja na área da Oncologia, erros enzimáticos e de metabolismo e infusões em geral”, complementa.

 

Faculdades Pequeno Príncipe

Além dos farmacêuticos do seu quadro, a unidade educacional, a Faculdades Pequeno Príncipe forma farmacêuticos em sintonia com as exigências do mercado, na qual os profissionais serão capazes de atuar em todo o âmbito da profissão de forma ética e solidária. A unidade também preza pelo ensino numa perspectiva humanista, com capacidade crítica e reflexiva para o exercício das atividades. Entre os projetos de extensão atualmente ofertados pela instituição, está o de Farmácia Clínica. Iniciada em 2016, a proposta realiza o acompanhamento farmacoterapêutico e laboratorial de estudantes e colaboradores do Complexo Pequeno Príncipe em relação a doenças crônicas como diabetes e hipertensão.

A Faculdades oferece também pós-graduação nesta área, que capacita os profissionais para a prática da farmácia clínica no âmbito hospitalar e da farmácia comunitária, com foco na eficácia terapêutica com o mínimo de riscos ao paciente, atravésdo aprofundamento em farmacologia clínica, que permitirá o acompanhamento farmacoterapêutico adequado de cada paciente. Formar farmacêuticos numa perspectiva humanista, com capacidade crítica e reflexiva para o exercício de atividades em todo o âmbito profissional, ou seja, referente aos fármacos e aos medicamentos, às análises clínicas e toxicológicas e ao controle,
produção e análise de alimentos, dirigindo a sua atuação para a transformação da realidade em benefício da sociedade.

Para a coordenadora da Farmácia do Hospital Pequeno Príncipe, Dra. Julliana Bassani, a especialidade em farmácia hospitalar exige que o profissional tenha um perfil multidisciplinar, unindo, muitas vezes, habilidades da carreira de farmacêutico gestor e farmacêutico clínico, com conhecimentos básicos de administração, habilidade para coordenação e liderança, além de conhecer as ferramentas de gestão da qualidade.

 

Há 100 anos, o Hospital Pequeno Príncipe transforma a vida de crianças e adolescentes de todo país. Com até 70% da sua capacidade de atendimento destinada ao SUS, destaca-se pelo contínuo aprimoramento técnico-científi co, integralidade e humanização no cuidado, interação com a família, equidade e inovação.

Maior hospital pediátrico do Brasil e precursor de políticas públicas, realiza, por ano, mais de 300 mil atendimentos ambulatoriais e destaca-se em procedimentos de alta complexidade, como transplantes. Além disso, é um tradicional centro formador de pediatras no Brasil.

Pioneiro no reconhecimento da educação e cultura como direitos fundamentais das crianças e adolescentes, o Pequeno Príncipe, construído pelas mãos de voluntários, oferece o acompanhamento escolar para os pacientes em tratamento na instituição e também promove experiências culturais e artísticas diversificadas, tornando o tempo de internamento uma oportunidade de inclusão sociocultural.

O Complexo Pequeno Príncipe engloba, além do Hospital, a Faculdades Pequeno Príncipe, criada em 2003, que se transformou em uma das mais importantes instituições dedicadas exclusivamente ao ensino da saúde no país, e o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, em funcionamento desde 2006. Com o investimento na assistência, no ensino e na pesquisa, o Pequeno Príncipe prova que é possível combater a mortalidade infantojuvenil.

   

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Fonte: Assessoria de Comunicação / CRF-PR

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