Notícia: Vigilância em Saúde faz conferência para definir proposta de política nacional

Publicado em 28 de fev. de 2018

Vigilância em Saúde faz conferência para definir proposta de política nacional


Vigilância em Saúde faz conferência para definir proposta de política nacional

Teve início hoje, 27 de fevereiro, em Brasília, a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, promovida pelo Conselho Nacional de Saúde - CNS. Com o tema “Vigilância em Saúde: Direito, Conquistas e Defesa de um SUS Público de Qualidade”, o evento reúne mais de 2 mil pessoas de todos os estados do Brasil. Entre os participantes, estão acadêmicos, especialistas, conselheiros de saúde, trabalhadores, usuários e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os debates vão até sexta-feira 2 de março e têm como objetivo consolidar uma proposta para a criação de uma política nacional de vigilância em saúde e para o fortalecimento das ações de proteção à saúde no país. A vigilância em saúde está relacionada às práticas de atenção e promoção da saúde dos cidadãos e aos mecanismos de prevenção de doenças. O tema se divide em vigilância epidemiológica, ambiental, sanitária e saúde do trabalhador.

O diretor presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, durante a abertura do evento destacou a importância da conferência para o aprofundamento da discussão e afirmou que um sistema de saúde que não promove a vigilância em saúde como parte “fundamental e estratégica” será sempre um sistema onde vai prevalecer, “muito mais, a doença e a morte que a saúde e a vida”.

Barbosa ainda defendeu a institucionalização da política nacional do setor. “É uma lacuna nossa não haver uma política nacional de vigilância em saúde e que, diga-se claramente, essa é uma atividade fundamental ao SUS e nenhum sistema de saúde será efetivamente universal nem será integral se as ações de prevenção e promoção da saúde, em todas as suas áreas, não estiverem inseridas e não atuarem de forma integrada”, disse.

Em seguida o presidente do Conselho Nacional de Saúde, farmacêutico, Ronald Ferreira dos Santos, disse que a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde surgiu a partir dos resultados da 15ª Conferência Nacional de Saúde, em 2015, que mostrou a necessidade de se discutir o tema de forma mais específica no âmbito do SUS.

“Essa construção é resultado de muito sentimento. É resultado daquele sentimento que mexe na nossa condição humana. Foi por esse mesmo sentimento que o povo brasileiro, generosamente, na década de 80, construiu o Sistema Único de Saúde”. Segundo ele, a sociedade brasileira foi capaz de enfrentar o “comércio do sangue” e determinar que “em nosso país, a saúde não é uma mercadoria, é uma condição de cidadania”, incluindo o tema na Constituição. Ele destacou que a necessidade de mobilização continua e destacou a importância dos órgãos e conselhos de controle social na luta por direitos no país.

A presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná – CRF-PR, Dra. Mirian Ramos Fiorentin, que também é membro do Grupo de Trabalho em Vigilância Sanitária do Conselho Federal de Farmácia – GTVISA/CFF, está presente no evento e ressalta a importância do papel que o farmacêutico desempenha frente aos temas em debate. “A atuação do farmacêutico é fundamental em todos os aspectos que dizem respeito à saúde da população, além disso, ele possui profunda formação acadêmica, vasto conhecimento científico, preparação técnica, e amparo legal para desempenhar tarefas nas vigilâncias sanitárias”, disse.
A presidente do CRF-PR se refere a Lei nº 3.820/60 e o Decreto nº 85.878/81 que reforça a competência para a inspeção sanitária e a auditoria em estabelecimentos farmacêuticos, como procedimentos exclusivos do farmacêutico.

A conferência prossegue até o próximo dia 2 de março. A programação da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde está disponível no site do evento – www.cnvs.org.br.

 


Fonte: Assessoria de Comunicação CRF-PR e CNS

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