Notícia: Estudo mundial testará novo anticorpo para prevenção ao HIV

Publicado em 22 de dez. de 2017

Estudo mundial testará novo anticorpo para prevenção ao HIV


Estudo mundial testará novo anticorpo para prevenção ao HIV

 Devido à incrível habilidade de mutação e mudança de aparência, o vírus HIV sempre esteve no foco de pesquisadores e comunidades científicas que lutam para multiplicar os meios de prevenção e tratamento da infecção. 

Um estudo que avalia a utilização de um novo tipo de anticorpo na prevenção do HIV é a mais recente iniciativa de combate à doença, que ainda mata milhões de pessoas no mundo inteiro. No Brasil, a pesquisa é liderada pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Nomeado com a sigla A.M.P (Anticorpos Mediando Prevenção), o estudo promete combater 90% dos subtipos do HIV. A ideia é utilizar um anticorpo neutralizante, feito em laboratório e aplicado na veia.

Ao todo, estão previstas as participações de 2.700 voluntários nas Américas do Norte e do Sul e 1.500 na África Subsariana. Nos Estados Unidos, o recrutamento começou em março de 2016. Já no Brasil, os voluntários começaram a se apresentar em março de 2017. Atualmente, são 80 voluntários em território nacional, com meta de 140 até maio do ano que vem.

“No momento estamos recrutando os voluntários para a pesquisa. Pessoas saudáveis, entre 18 a 50 anos e que se identifiquem como gays, bissexuais, travestis, mulheres ou homens transexuais podem participar. O participante virá até a clínica cerca de uma vez a cada quatro semanas para exames e consultas e receberá uma infusão do anticorpo a cada oito semanas”, explicou a coordenadora do projeto no Brasil, Brenda Hoagland.

Vacina

Segundo o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), o estudo é mais um passo para se chegar a uma vacina eficiente contra o HIV. Isso porque os resultados da pesquisa podem trazer aos cientistas um melhor entendimento de como o anticorpo funciona.

O A.M.P. é fruto de parceria com centros de pesquisa de variados países com o HIV Vaccine Trials Network (HVTN) e o HIV Prevention Trials Network (HPTN).

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, divulgado no início de dezembro em Cutiriba (PR), revela que os casos de Aids e a mortalidade provocada pela epidemia estão caindo no Brasil. Segundo dados da publicação, em 2016 a taxa foi de 18,5 casos por 100 mil habitantes – uma redução de 5,2% em relação a 2015, quando era registrado 19,5 casos. Já no número de mortes houve queda de 7,2%, a partir de 2014. Os resultados vão de encontro ao período em que foi ampliado o acesso ao tratamento em todo o País.

Segundo o Ministério da Saúde, as políticas de assistência ampliaram o diagnóstico do HIV, diminuíram o tempo para iniciar o tratamento e, consequentemente, aumentaram o número de pessoas recebendo a terapia antirretroviral.



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