Notícia: Pessoas com mais de 40 anos devem fazer teste para hepatite C, diz campanha

Publicado em 28 de ago. de 2017

Pessoas com mais de 40 anos devem fazer teste para hepatite C, diz campanha


Pessoas com mais de 40 anos devem fazer teste para hepatite C, diz campanha

O vírus da hepatite C foi mapeado em 1989 nos Estados Unidos. O teste só passou a existir no Brasil em meado dos anos 1990. Soma-se a isso o fato de que a hepatite C é uma doença silenciosa: anos se passam e o vírus, sem avisar, pode levar à cirrose e ao câncer hepático.

Ainda, antes usava-se seringa de vidro no Brasil e agulha reutilizável -- o que contribuiu para a disseminação do micro-organismo. Seringa de plástico só veio depois.

Com tudo isso, muita gente ainda pode ter o vírus da hepatite C sem saber: no caso, 1,5 milhão de pessoas, segundo dados de 2016 do Ministério da Saúde.

E foi esse cenário de desconhecimento que estimulou o lançamento de campanha para a detecção precoce de hepatite C nesta sexta-feira (25) em São Paulo. A iniciativa é da Sociedade Brasileira de Hepatologia e da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Também, segundo o especialista, diabéticos devem fazer o teste. Isso porque a hepatite C tem uma relação íntima com a doença: portadores do vírus têm quatro vezes mais chance de desenvolver diabetes tipo 2.

"Não se sabe muito bem ao certo a relação, mas acredita-se que a hepatite C contribui para a resistência à insulina", explica Lopes.

Como a hepatite C é transmitida pelo sangue, também usuários de drogas injetáveis e aqueles que possuem percings e tatuagens também podem ter sido expostos ao vírus caso material descartável não tenha sido usado.

O que é a hepatite C?

A hepatite C é uma lenta e gradual inflamação do fígado que, no limite, pode levar à cirrose e ao câncer hepático. Com isso, o órgão que tem a importante função de eliminar substâncias tóxicas do corpo pela filtragem do sangue, fica totalmente comprometido.

 O diagnóstico para a hepatite C é feito pelo teste anti-HCV, que identifica anticorpos no sangue que tentaram lutar contra o vírus. O teste está disponível no Sistema Único de Saúde, mas as entidades exortam para que o exame faça parte da rotina clínica de médicos em populações mais vulneráveis.


Fonte: G1

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