Notícia: Deputados comentam aprovação de projeto que autoriza medicamentos para emagrecer

Publicado em 21 de jun. de 2017

Deputados comentam aprovação de projeto que autoriza medicamentos para emagrecer


Deputados comentam aprovação de projeto que autoriza medicamentos para emagrecer

Para o deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP), ao estabelecer a restrição de receituário de remédios controlados a ser usado pelo médico, a emenda do Senado já estabelece o controle necessário para restabelecer a segurança dos medicamentos. “Além disso, há a expectativa de ajudar muitos pacientes obesos que precisam melhorar sua saúde”, disse.

O autor da proposta, deputado Felipe Bornier (Pros-RJ), comemorou a aprovação definitiva e disse que a proibição não foi efetiva e causou estranheza entre os médicos. “Esses medicamentos eram comercializados há mais de 50 anos, e o mercado negro aumentou durante a proibição”, disse.

O deputado Paulo Foletto (PSB-ES), que é cirurgião, disse que a decisão da Anvisa de proibir a medicação foi estranhada pela comunidade médica, porque era uma medicação de uso comum. “Parecia um esquema para o lançamento de uma droga nova nesse mercado”, sugeriu.

Erro

Mas para o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE) reverter a decisão da Anvisa é um erro. Para ele, a maioria dos parlamentares não tem conhecimento técnico para reverter uma decisão da agência, e não é papel do Parlamento fazer essa liberação, por causa de estudos científicos e efeitos colaterais. “Se disse muito na época que a Anvisa era política, mas saiu o governo do PT e não se mudou nada, é porque essa não foi uma decisão política, foi técnica”, disse.

Já a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), que é farmacêutica, disse que foram os dados da Anvisa que não convenceram, porque não havia novas pesquisas e dados brasileiros convincentes para uma mudança na situação dos medicamentos. “Como única farmacêutica em Plenário, gostaria de dizer que não há qualquer irregularidade, os dados não levam em conta que o ganho em saúde para obesos são muito maiores que os efeitos colaterais, que podem existir em qualquer medicamento”, disse.

Já a deputada Érika Kokay (PT-DF), que também era contra a liberação dessas drogas, ressaltou que na votação de hoje apenas as emendas do Senado estavam em discussão. “Nós fomos contra a aprovação, que era a recomendação da Anvisa por uma série de efeitos nocivos às pessoas, mas agora a emenda restringe a aplicação da sibutramina, e exige que a receita seja mais restritiva. A emenda é melhor que a proposta que saiu dessa Casa”, concluiu.

 



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