Notícia: Superbactéria resistente a medicamentos mata idosa nos EUA

Publicado em 16 de jan. de 2017

Superbactéria resistente a medicamentos mata idosa nos EUA


Descoberta intensifica os temores de uma perda de eficácia dos antibióticos, o que tornaria bastante perigosas infecções benignas hoje em dia
Superbactéria resistente a medicamentos mata idosa nos EUA

Uma mulher faleceu nos Estados Unidos infectada por uma bactéria resistente a todos os antibióticos existentes , informou nesta sexta-feira (14) o Centro americano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), provocando novos temores de uma propagação desses agentes patógenos mutantes.

A vítima, de 70 anos, residente em Nevada (oeste), morreu em setembro passado, infectada por uma cepa mutante da bactéria Klebsiella pneumoniae (bacilo de Friedlander), isolada em uma ferida que ela teve em agosto, relatou o CDC em sua página na Internet.

Muito rara, essa bactéria pertence à família dos carbapenem-resistant Enterobacteriaceae (CRE), os organismos resistentes a todos os antibióticos do mercado, incluindo a última linha de defesa, a colistina.

Esse antigo antibiótico é o único que ainda é eficaz contra essa bactéria "de pesadelo", explicou o diretor do CDC, doutor Thomas Frieden.

Hospitalizada em agosto em Nevada, a paciente teria sido infectada na Índia, onde foi tratada por uma fratura na perna.

A Índia tem mais casos de infecções resistentes do que os Estados Unidos em função da má qualidade da água e das más condições sanitárias, o que obriga a população a consumir mais antibióticos.

Em maio passado, uma bactéria super-resistente foi detectada pela primeira vez nos Estados Unidos. A vítima foi uma mulher de 49 anos, que conseguiu sobreviver.

Essa descoberta intensifica os temores de uma perda de eficácia dos antibióticos, o que tornaria bastante perigosas infecções que são benignas hoje em dia.

Essa bactéria "é considerada por quase todas as organizações sanitárias, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma 'ameaça urgente para a saúde humana'", afirmou o professor Nick Thomson, diretor do grupo de genômica bacteriana do Wellcome Trust Sanger Institute, no Reino Unido.

Fonte: G1



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