Notícia: Anvisa aprova novo medicamento contra obesidade

Publicado em 22 de dez. de 2016

Anvisa aprova novo medicamento contra obesidade


O novo tratamento é indicado para pessoas obesas ou com sobrepeso na presença de pelo menos uma comorbidade
Anvisa aprova novo medicamento contra obesidade

A Anvisa aprovou o registro de um novo medicamento contra a obesidade. O Belviq (cloridrato de lorcasserina hemihidratado), é indicado para pacientes com índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 ou para pessoas com sobrepeso (IMC maior ou igual a 27), na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso, como hipertensão, dislipidemia, doença cardiovascular, diabetes tipo 2 ou apneia do sono.
 
Mecanismo de ação

Segundo Maria Edna de Melo, diretora da Associação Brasileira de Estudo da Obesidade (Abeso), em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o mecanismo de ação do Belviq é diferentes dos demais.

“Ela [lorcasserina] ativa um receptor específico de serotonina que fica no hipotálamo, que é o centro principal de controle de balanço energético. E lá aumenta a produção de melanocortina, [hormônio] que traz uma redução da fome. É o único medicamento que vai agir exatamente nesse receptor.”, explicou Maria Edna.

Ainda segundo a especialista, o novo tratamento aparenta ter menos efeitos colaterais. Os principais são dor de cabeça, boca seca, e constipação intestinal.

“É um medicamento que tende a ser bem mais tolerado. Mas como nunca usamos, a prática vai nos dizer muito mais. Com o tempo, vamos avaliar. Vemos como mais uma opção, porque nem todos os pacientes respondem bem a todos os tratamentos.”, afirmou a diretora.

Além do Brasil, o Belviq já foi aprovado nos Estados Unidos. Produzido pela farmacêutica suíça Arena Pharmaceuticals, no país a detentora do registro é a ele Eisai Laboratórios Ltda., localizada em São Paulo.

A obesidade é uma das doenças crônicas com maior prevalência mundial, é considerada uma desordem com múltiplas causas, e está associada a várias doenças, sendo importante fator de risco para o desenvolvimento de diabetes.

Fonte: Veja



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