Notícia: OMS diz que Brasil pode ter mil novos casos de microcefalia nos próximos meses

Publicado em 23 de nov. de 2016

OMS diz que Brasil pode ter mil novos casos de microcefalia nos próximos meses


Na última sexta, organização determinou o fim da emergência sanitária internacional; Brasil mantém alerta nacional
OMS diz que Brasil pode ter mil novos casos de microcefalia nos próximos meses

A Organização Mundial da Saúde (OMS) u que o Brasil ainda poderá ter 1 mil novos casos de microcefalia confirmados e ligados ao vírus da zika nos próximos meses. A informação foi divulgada pelo especialista Anthony Costello e pelo diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde, Pete Salama, nesta terça-feira (22), em Genebra, na Suíça.

Na última sexta-feira (18), a OMS determinou o fim da emergência sanitária internacional devido ao vírus. Salama voltou a falar sobre o assunto e disse que, quando a emergência foi declarada em fevereiro de 2016, não havia uma confirmação para a ligação entre a microcefalia e o zika.

Segundo ele, agora a ligação é confirmada e por isso deve haver uma criação de um plano a longo prazo. Uma nova equipe deverá criar esse programa a ser instalado pela organização. Neste ano, a epidemia afetou mais de 75 países e, no Brasil, gerou mais 200 mil casos reportados de infecção pelo zika ao Ministério da Saúde.

"Não estamos diminuindo a importância do zika ao colocar isso como um programa de trabalho mais longo, estamos enviando a mensagem de que o zika está aqui para ficar", disse Salama.

Emergência no Brasil

Até hoje, mais de 2 mil casos de bebês foram registrados com a malformação no Brasil. Mesmo com a mudança no status internacional, o Ministério da Saúde anunciou que o vírus da zika ainda é uma emergência nacional em saúde pública. Na manhã a última sexta, o ministro Ricardo Barros estabeleceu novos critérios para o diagnóstico da doença, assim como para a confirmação de microcefalia nos bebês.

A partir de agora, os profissionais deverão levar em consideração não apenas o perímetro da cabeça das crianças. Fatores como perda de visão, audição, comprometimento e deficiência de membros também serão levados em conta na avaliação dos médicos.

Todas essas novas regras serão divulgadas para profissionais de saúde, cuidadores e familiares de pacientes. Além das mudanças das normas sobre o vírus da zika, as novas diretrizes vêm com passos para que qualquer profissional da Atenção Básica também possa tratar crianças com alterações no desenvolvimento.

Fonte: G1



topo