A compra de medicamentos do exterior caiu 9,4% nos 12 últimos meses até maio, com um total de US$ 5,9 bilhões (R$ 19,2 bilhões), segundo a Interfarma, que reúne as empresas do setor. A variação cambial e a redução na compra de remédios por parte dos governos estaduais são apontadas como causas da retração.
"As importações são altas, mas nenhum país é autossuficiente no setor farmacêutico", afirma Antonio Britto presidente da Interfarma.
Os números se referem a medicações prontas, mas o país também importa química fina. Hoje, quase 90% dos princípios ativos, a matéria-prima para a confecção de remédios, vêm de fora.
A balança comercial do setor registrou redução de 8,4% do déficit. As exportações caíram, mas, como são menos expressivas, não alteram tanto o saldo das trocas.
O país ainda concorre com o exterior sem ter preços competitivos, avalia Britto.
"O Brasil vende para países que não se recuperaram de crises, como Argentina e Venezuela", diz Pedro Bernardo, diretor da entidade.
A baixa do dólar impactou as vendas de forma negativa.
Fonte: Folha de S. Paulo