A farmacêutica Inovio Pharmaceuticals, junto ao parceiro GeneOne Life Sciences, planeja iniciar, nas próximas semanas, os primeiros testes de uma vacina experimental contra o zika vírus em seres humanos.
As doses serão testadas em cerca de 40 pessoas para determinar a segurança, tolerância e eficácia das vacinas contra o vírus – o que já foi verificado em testes com animais. As empresas esperam resultados preliminares no final deste ano.
As duas empresas estão entre as 15 companhias e institutos de pesquisa desenvolvendo uma vacina para o zika vírus.
Na semana passada, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) confirmou que seis bebês nasceram com o problema. As mães teriam sido infectadas pelo zika quando viajaram a países com surto do vírus.
O Brasil é o país com o maior número de registros do vírus e de bebês que nasceram com microcefalia, malformação que pode ser causada quando uma mulher é infectada pelo zika durante a gravidez. De acordo com o Ministério da Saúde, até 7 de maio, o país teve 138.108 casos prováveis da infecção só em 2016. Neste ano, uma morte foi associada ao vírus.
Desde outubro do ano passado, quando a pasta começou a investigar a associação do zika com microcefalia, 1.581 casos da malformação ocorreram, sendo 226 com ligação ao vírus confirmada.
Outras vacinas estão em desenvolvimento
Em fevereiro, o governo brasileiro firmou uma parceria com a Universidade do Texas, nos Estados Unidos, para a realização de pesquisas e desenvolvimento de uma vacina contra o zika vírus. A previsão é de que o medicamento esteja disponível para os testes pré-clínicos em primatas e camundongos em novembro deste ano. A previsão foi anunciada em maio.
Na França, o grupo farmacêutico Sanofi também pretende realizar testes clínicos da vacina contra o zika dentro de um ano.
Fonte: Zero Hora