A obesidade aumenta em até 40% as chances das mulheres desenvolverem câncer de intestino. Isso é o que sugere uma pesquisa feita pela organização britânica Cancer Research UK. Para chegar a essa conclusão, dois grupos, com mil mulheres cada, foram analisados. Um era composto por mulheres obesas e o outro por mulheres com peso considerado normal. Entre as obesas, foram identificadas 274 mulheres com tendência a desenvolver câncer. No outro grupo, esse número não foi maior que 194.
A obesidade não é o único fator que favorece o surgimento do câncer de intestino. A idade acima de 50 anos e o histórico familiar de câncer colorretal também são condições predeterminantes que estão associadas ao desenvolvimento da doença. A questão é que a obesidade é um fator que pode ser evitado a partir de mudanças no estilo de vida e de alguns hábitos que são prejudiciais à saúde. "Reforçar as medidas de prevenção é essencial para coibir o avanço desse tipo de tumor", destaca o médico coloproctologista, Dr. Gustavo Becker Pereira.
O aumento no consumo de alimentos industrializados, carnes, leite e derivados ricos em gordura, e a menor preocupação em alimentar-se de forma mais saudável, incluindo frutas, cereais, verduras e legumes à dieta, são alguns dos fatores que tem contribuído para o desequilíbrio verificado na balança. Somado a isso ainda está o sedentarismo.
Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia apontam que 80% da população adulta é sedentária e que 52% dos adultos brasileiros estão acima do peso, sendo 11% obesos. Associada à obesidade há a inflamação e a insulina alta, estados de saúde que propiciam a multiplicação celular e a promoção de câncer.
Os tumores da parte intestinal, que inclui o tumor de reto baixo, são muito mais incidentes em pacientes com obesidade e têm boas chances de cura quando são detectados precocemente. O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor presente no intestino grosso (o cólon) e no reto. Os casos específicos de tumor de reto baixo, podem ser tratados pela Retossigmoidectomia Transanal por Cirurgia Minimamente Invasiva.
O procedimento é feito por videolaparoscopia, com o auxílio de monitores e câmeras de alta definição, e pinças especiais que possibilitam um controle rigoroso do sangramento e o uso de novas ferramentas para preservar o esfíncter anal. "A realização da cirurgia via transanal, onde se tem uma identificação e ressecção exata, possibilita dar uma boa distância do tumor e aumenta as chances de preservar os músculos do ânus com segurança, o que é um grande benefício da realização de cirurgias de grande porte por mínimas incisões nos casos de tumor de reto baixo", explica o coloproctologista, Dr. Gustavo Becker Pereira, pioneiro na região sul do país na realização da cirurgia.
Quem trata o câncer de reto por cirurgia minimamente invasiva, um procedimento avançado em cirurgia colorretal, fica com poucas e pequenas cicatrizes, submete-se a menos riscos, a um tempo menor de cirurgia, a uma recuperação mais rápida e menos complicações.
Fonte: Bem Paraná