Grupo da Câmara vai acompanhar os trabalhos dos ministérios da Saúde e de Ciência, Tecnologia e Inovação sobre a chamada pílula do câncer, a fosfoetanolamina, que é produzida pela Universidade de São Paulo. O grupo, criado pela comissão de Seguridade Social e Família, será coordenado pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
A droga era fornecida gratuitamente, mas uma portaria da USP proibiu a distribuição até que saia o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas pacientes entraram então na Justiça para obter as cápsulas.
O deputado Celso Russomanno (PRB-SP) explicou que o objetivo do grupo é apresentar uma solução. "O objetivo é pesquisar sobre este novo medicamento, que foi descoberto pelo professor pesquisador Gilberto Chierice, do campus de São Carlos da USP. De acordo com esse pesquisador, o medicamento tem o poder de encapsular células cancerígenas e destruí-las como se a gente encapsulasse alguma coisa que precisa de oxigênio. E sem oxigênio, essa vida morreria. É mais ou menos a mesma coisa que acontece com células cancerígenas. Este medicamento identifica as células cancerígenas e acaba destruindo essas células.”
O deputado acrescentou que há denúncias de que o hospital não teria testado este medicamento, apesar de ter um convênio com a universidade de São Carlos. “Diante destas colocações, nós resolvemos criar um grupo de trabalho para que possamos apurar o que acontece e resolver o problema."
A Anvisa informa que não identificou um processo formal para a avaliação do produto - apesar de as pesquisas durarem 20 anos. Segundo a agência, para obter o registro, além da requisição, é preciso apresentar documentos e análises clínicas.
O governo federal anunciou que destinará R$ 10 milhões para o financiamento das pesquisas da substância.