Você compra um medicamento, passa pelo tratamento orientado por um profissional de saúde e fica com aquela sobra em casa. Com toda a certeza você já passou por uma situação parecida e já ficou com a dúvida: o que fazer? Muitas pessoas chegam a cogitar a possibilidade de doar para alguém que precise, mas em entrevista ao radialista Geovane Barreiro nesta quinta-feira (26), a diretora do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde, Giselle Poitevin Pirih, explicou que não é bem assim, uma vez que os riscos de uma doação são altos.
De acordo com ela, o assunto realmente necessita de debates, mas o uso não racional pode trazer muitos perigos. “Quando o remédio é passado ao paciente, ele está nas condições clínicas certas, para uma dosagem e período adequado. O ideal é que cheguemos a um uso racional, que é receber isso com o menor custo e sem sobras, mas ao pensar em realizar uma doação, é importante também pensar em quem vai receber”, disse Giselle.
Hoje não existe nenhuma lei que regulamente a proibição da doação de medicamentos, mas são vários os motivos que fazem com que a secretaria não os receba. Segundo a diretora do Centro de Saúde Ambiental, os riscos são muitos, incluindo o efeito, que pode ser diferente de pessoa para pessoa. “Sem a supervisão médica, não temos como ter a certeza nem sobre as condições físicas do remédio. A partir do momento que esses comprimidos, por exemplo, vão para uma casa eles são expostos a várias situações de armazenagem, como umidade, então é necessário muito cuidado”, explicou.
Descarte
O descarte é outro ponto que merece atenção especial dos pacientes. De acordo com a secretaria, jogar medicamentos em pias e privadas pode trazer problemas para o meio ambiente. Para isso, o correto é separar o material tóxico e entregá-lo aos caminhões de coleta, que ficam estacionados em terminais de ônibus, em datas previamente marcadas, disponíveis no site da prefeitura e por meio do fone 156.
Créditos da Notícia: Felipe Ribeiro