Notícia: Cresce nos últimos anos o número de crianças com diabetes do tipo 1

Publicado em 28 de out. de 2015

Cresce nos últimos anos o número de crianças com diabetes do tipo 1


1/3 dos novos casos são de crianças com até quatro anos.  Aumento se deve ao contato precoce com alimentos industrializados.
Cresce nos últimos anos o número de crianças com diabetes do tipo 1

Um dado preocupante: nos últimos anos, aumentou, e muito, o número de crianças com diabetes tipo 1 no país. Nesse tipo da doença, o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, que é o hormônio que transforma açúcar em energia. É muito importante diagnosticar e começar o tratamento cedo, para evitar complicações.

Quando a bancária Sônia Christoff descobriu que que o filho Guilherme tinha diabetes do tipo 1 foi uma surpresa. Hoje, com 11 anos, ele mesmo sabe o que deve fazer para manter a doença sob controle.

A Sociedade Brasileira de Diabetes estima que só em Belo Horizonte, 5 mil crianças tenham a doença. No hospital infantil João Paulo II, 300 estão em tratamento regular e o que mais preocupa os médicos é que pelo menos 5 novos casos são registrados por semana.

Mais ou menos um terço dos novos casos são de crianças de até quatro anos. Esse aumento se deve, principalmente, a fatores genéticos, a introdução e o contato cada vez mais cedo com os alimentos com alto teor de açúcar, alimentos artificiais, com corantes, conservantes e agrotóxicos. "Tudo isso é lesivo ao pâncreas e aumenta a destruição da imunidade do órgão que produz a insulina”, explica o endocrinologista Cristiano Maciel Albuquerque.

O diabetes do tipo 1, o mais comum em crianças, não tem cura e só pode ser tratado com insulina. A boa notícia é que seguindo o tratamento direitinho, é possível viver bem, quase como uma criança qualquer.

Levantamentos feitos pela Organização Mundial da Saúde apontam que, na década de 90, uma em cada 15 mil crianças tinha a doença. Agora, a proporção é de uma para cada 8 mil.

Quando a Clara foi diagnosticada com diabetes, os pais não acreditaram. Mesmo tendo uma vida saudável, a menina apresentou todos os sintomas. “Sede constante, vontade de urinar constante e perda de peso”, conta o pai Vinícius Frazoli.


Fonte: G1

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