Notícia: Pesquisadores investigam se cheiro serve de alerta para indicar Parkinson

Publicado em 23 de out. de 2015

Pesquisadores investigam se cheiro serve de alerta para indicar Parkinson


Cientistas acreditam que doença pode causar mudanças no óleo criado pelas glândulas sebáceas. Pesquisa quer saber se cheiro serve de alerta.
Pesquisadores investigam se cheiro serve de alerta para indicar Parkinson

Pesquisadores britânicos estão tentando confirmar o que pode ser uma novidade importantíssima na tentativa de retardar os efeitos do Parkinson. A suspeita é que um determinado cheiro seja o aviso sobre o risco de desenvolver a doença.

A enfermeira aposentada Joy Milne, literalmente, farejou alguma coisa errada no marido. O odor estranho apareceu seis anos antes de ele ser diagnosticado com Parkinson, a doença degenerativa que tem, como sintoma mais conhecido, os tremores nas mãos. Joy só se deu conta de que aquele cheiro poderia estar ligado à doença quando visitou um centro de tratamento de pacientes de Parkinson. Todos tinham o mesmo odor.

"Era mais forte em alguns, mais fraco em outros. E eu conseguia identificar em quais deles a doença estava controlada, se estava ficando pior e se a medicação estava funcionando", diz Joy Milne.

Cientistas já sabiam da capacidade de cães farejarem doenças. Um estudo britânico mostrou que cachorros treinados podem detectar câncer de próstata com 93% de acerto. Que os humanos podem ter essa habilidade, é um tanto inusitado. Mas a maior organização de estudo sobre Parkinson do Reino Unido levou a sério a história.

A organização está investindo em uma pesquisa para saber se o cheiro realmente serve de alerta, para poder tratar a doença muito antes do aparecimento dos primeiros sintomas.

"O diagnóstico precoce é muito eficiente no tratamento, por isso uma descoberta como essa pode ser muito útil", diz a pesquisadora Perdita Barran.

Os pesquisadores acreditam que a doença pode causar mudanças no óleo criado pelas glândulas sebáceas, criando pequenas moléculas que são emitidas pela pele e captadas por quem tem olfato muito apurado.

O marido de Joy já morreu, mas a habilidade olfativa dela pode ajudar muitos outros pacientes.



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