Notícia: Estudo revela método para eliminar células com HIV latente

Publicado em 22 de out. de 2015

Estudo revela método para eliminar células com HIV latente


A pesquisa conseguiu "desenvolver especificamente" um novo anticorpo que futuramente pode reduzir o número de células que abrigam o vírus de imunodeficiência humana (HIV) em pacientes com aids.
Estudo revela método para eliminar células com HIV latente

Um grupo de cientistas nos Estados Unidos descobriu um novo método para eliminar células nas quais o HIV permanece latente e invisível para o sistema imunológico e os remédios antivirais, revela um estudo publicado nesta terça-feira pela revista britânica "Nature".

A pesquisa, desenvolvida pelo Instituto de Alergias e Doenças Infecções de Maryland, conseguiu "desenvolver especificamente" um novo anticorpo que futuramente pode reduzir o número de células que abrigam o vírus de imunodeficiência humana (HIV) em pacientes com aids.

Em comunicado divulgado pela "Nature", os cientistas John Mascola e Gary Nabel afirmam que esse anticorpo ativa células nas quais o HIV permaneceu latente e, ao mesmo tempo, comanda as chamadas "células T" para que as destrua.

"É capaz de provocar a produção de proteínas do HIV por células infectadas com HIV extraídas de pacientes e isoladas, o que as torna visíveis, ou seja, um alvo mais fácil para as células imunológicas", explica o texto.

Esse tratamento, segundo os autores do estudo, foi bem aceito pelos macacos submetidos testes, o que indica que pode ser aplicado em testes médicos com humanos.

A erradicação do vírus que causa a aids ainda representa um desafio para os cientistas, pois o HIV pode permanecer "adormecido" e se instalar em "depósitos" de células com infecção latente.

Por esse motivo, a eliminação do HIV desses "depósitos" é um passo significativo para a erradicação total do vírus no corpo humano, destacam Mascola e Nabel.

"O anticorpo desenvolvido pode nos aproximar um pouco mais desse objetivo, mas sua efetividade em testes pré-clínicos aplicados em modelos animais e humanos ainda deve ser avaliada", afirmaram os pesquisadores.


Fonte: Portal Exame

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