O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu liminares que obrigavam a Universidade de São Paulo (USP) a fornecer a fosfoetanolamina sintética a 368 pacientes com câncer. O presidente do TJ, José Renato Nalini, alega não haver comprovação de que a substância produza efeito. A suspensão pegou de surpresa pessoas que se dirigiram ao campus da USP em São Carlos, interior de São Paulo, para retirar cápsulas. Advogados tentam rever a proibição. A suposta eficácia da fosfoetanolamina contra o câncer vem sendo discutida há 20 anos, desde que uma formulação foi desenvolvida pela equipe do pesquisador Gilberto Orivaldo Chierice, ex-professor da universidade.
Durante mais de uma década, a fosfoaminasintética, como também é conhecida, foi distribuída gratuitamente. Em 2014, portaria do Instituto de Química da USP São Carlos suspendeu a entrega e pacientes foram à Justiça. A Anvisa informou em nota ser necessária a avaliação de ensaios clínicos antes de qualquer medicamento ser colocado para uso – o que não ocorreu.
Fonte: O Estado de S.Paulo