Notícia: Celular pode contribuir para evitar expansão da dengue

Publicado em 9 de set. de 2015

Celular pode contribuir para evitar expansão da dengue


Registro de chamadas telefônicas e informações climáticas mostram como epidemia pode avançar
Celular pode contribuir para evitar expansão da dengue

Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard concluiu que os registros de celulares podem ser usados para prevenir a propagação dos surtos de dengue, assim como o momento em que há mais ocorrências da doença.

Cada vez mais pessoas viajam pelo planeta, e, com isso, o número de pessoas sob a mira do Aedes aegypti não para de crescer. Os cientistas, então, coletaram um nível recorde de registros de telefonia móvel. A partir daí, conseguiram detalhes sobre a mobilidade humana, e puderam desenvolver um modelo que prevê epidemias e fornece alertas precoces essenciais para as autoridades de saúde de cada país.

Os pesquisadores analisaram dados de um surto de dengue no Paquistão em 2013, cruzando o número de ocorrências com informações climáticas e o registro de chamadas em 40 milhões de celulares.

Os resultados mostraram que os padrões de mobilidade no país, revelados pelos registros de chamadas, poderiam ser usados para prever com precisão a distribuição geográfica e o momento em que ocorreram os surtos nos locais de epidemias e nos pontos onde há maior risco.
 
— O modelo de previsão que desenvolvemos identifica precisamente a vulnerabilidade aos surtos de dengue e como cada local deve se preparar para conter epidemias — ressalta Caroline Buckee, professora assistente de Epidemiologia de Harvard e coautora do estudo. — Como os dados de telefonia móvel são continuamente coletados, eles podem contribuir com um plano nacional de controle da doença em tempo real.

A dengue é a doença provocada por mosquito que se propaga com maior facilidade no mundo. A infecção pode causar febre alta, sangramento e, nos casos mais graves, leva à morte.
O estudo foi publicado na edição desta segunda-feira da revista “PNAS”.


Fonte: O Globo

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