Notícia: Público poderá assistir extração de veneno de aranhas no Butantan

Publicado em 13 de ago. de 2015

Público poderá assistir extração de veneno de aranhas no Butantan


Novo laboratório de artrópodes deve começar a funcionar até o final do ano.
Público poderá assistir extração de veneno de aranhas no Butantan

O público que visita o Instituto Butantan, em São Paulo, em breve poderá assistir a demonstrações de como os pesquisadores do órgão extraem os venenos de aranhas e escorpiões para a fabricação de soros. O instituto terminou a construção de um novo prédio que vai abrigar o laboratório de artrópodes, onde serão mantidos esses animais.

O edifício tem uma área de trabalho de cientistas que é envidraçada para que, do lado de fora, os visitantes acompanhem o processo de extração de veneno de aranhas e escorpiões. Os pesquisadores seguram os animais e dão um choque neles para estimular a expulsão de veneno. A expectativa é que o prédio comece a funcionar até o final do ano.

Atualmente, o Instituto tem um conjunto de 45 mil exemplares de aranha-marrom, 100 armadeiras e 5 mil escorpiões. O novo laboratório tem espaços específicos para a criação e armazenamento de aranha-marrom, aranha armadeira e escorpião amarelo, dos quais são extraídos os venenos, e para outros tipos de artrópodes, como lacraias, caranguejeiras e outras aranhas.

O edifício também permitirá que os pesquisadores do laboratórios recebam lagartas Lonomia e extraiam o veneno que é usado em um dos soros.

A área tem quase o dobro do tamanho das instalações atuais e deve contribuir para aumento de 20% a 30% da extração de venenos para a fabricação de soros.No longo prazo, a meta é dobrar o volume produzido.Também há uma central de venenos, onde eles serão processados, armazenados e distribuídos para os laboratórios de pesquisa e produção de soros. O instituto acaba de modernizar e ampliar sua fábrica de soros, que deve ser inaugurada em fevereiro do ano que vem com capacidade de produção de soros até 75% maior do que atualmente.

Referência em tratamento de animais peçonhentos, o instituto produz atualmente 13 tipos de soros que são fornecidos para o Ministério da Saúde para tratar acidentes com serpentes, aranhas, escorpiões e lagartas, além de raiva (em humanos), botulismo, difteria e tétano. Com a inauguração da fábrica reformada, a atual produção de 400 mil ampolas por ano poderá subir para 700 mil ampolas/ ano. Segundo o diretor Jorge Kalil, a atual demanda nacional é por 800 mil ampolas ao ano.


Fonte: G1

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