O Japão vai concretizar o projeto de um laboratório para estudar os vírus mais perigosos do mundo, como o ebola ou a febre de Lassa, 30 anos depois do início do plano.
O Japão passará a ter seu primeiro laboratório P4 (de alta segurança biológica), assim como os outros países do grupo do G7. Atualmente existem quase 40 estruturas deste tipo no mundo, sobretudo nos Estados Unidos e na Europa.
O laboratório abriu as portas em 1981 para investigar e desenvolver vacinas contra os vírus que provocam doenças extremamente infecciosas, mas a oposição da população local havia impedido até agora que o estabelecimento público da prefeitura de Tóquio trabalhasse com os vírus sumamente patogênicos.
Com o receio da população, o laboratório trabalhava apenas com germes de menor periculosidade, como o coronavírus Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) ou as bactérias responsáveis pela tuberculose.
Mas os cientistas comemoraram a decisão. "O Japão acaba assim com o atraso a respeito das outras nações desenvolvidas", afirmou Jiro Yasuda, professor da Universidade de Nagasaki.