Com cursos, debates e palestras, o IV Encontro Estadual da Rede Mãe Paranaense reuniu cerca de 1,4 mil gestores e profissionais de saúde nesta terça e quarta-feira (07 e 08), em Curitiba. O evento discutiu os avanços e desafios da estratégia de atendimento adequado às gestantes e bebês, que já completou três anos de atuação.
Participaram médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, gestores municipais e representantes dos hospitais de referência da Rede Mãe Paranaense. Durante os dois dias de encontro, os profissionais também puderam compartilhar experiências e tirar dúvidas sobre atenção materno-infantil com autoridades da área no Paraná.
O objetivo foi atualizar os protocolos de atendimento, reforçar o conceito de rede de atenção materno-infantil e incorporar novas práticas à rotina dos profissionais da rede pública de saúde. “Este foi o momento de reunir todos os atores da rede para avaliar o que está sendo feito, valorizar as boas experiências e pensar no futuro. Sabemos que estamos no caminho certo, mas ainda há muito a ser feito”, destacou a coordenadora da Rede Mãe Paranaense, Márcia Huçulak.
De acordo com ela, é por conta deste amplo processo de educação permanente que a Rede Mãe Paranaense vem se consolidando com uma das principais ações do Governo do Estado na área da saúde. “Temos investido forte em estrutura física e repasse de recursos de custeio para garantir a manutenção dos serviços. Contudo, são cursos como estes que realmente modificam a forma com que gestantes e bebês são atendidos no Estado. É isso que está fazendo a diferença, sobretudo na redução da mortalidade materna e infantil”, conclui Márcia.
AVANÇOS – Em quatro anos, o Paraná registrou uma queda significativa no número de mortes de gestantes e recém-nascidos em diversas regiões. Neste período, a Secretaria Estadual da Saúde estima que pelo menos 439 vidas foram salvas graças à estruturação da Rede Mãe Paranaense.
Na região de Pato Branco, por exemplo, nenhum óbito materno foi notificado em 2014. “Isso é fruto de uma boa articulação entre os serviços responsáveis por realizar o pré-natal, o parto e o acompanhamento pós-parto de mães e crianças”, explica o médico gineco-obstetra do município de Chopinzinho, Fernando Viegas Marques.
Em relação à mortalidade infantil, um dos destaques foi a região de Ivaiporã. Só no município de Cândido de Abreu o número de óbitos infantis caiu de sete, em 2013, para um, em 2014. “Foi uma queda importante, mas ainda não estamos satisfeitos. O que queremos é reduzir esse número a zero”, enfatizou o secretário municipal de Saúde de Cândido de Abreu, João Carlos Strassacapa.
REORGANIZAÇÃO – Pelo menos no primeiro semestre de 2015, o objetivo de Strassacapa foi alcançado. Por enquanto, nenhum óbito infantil foi registrado no município. “Com o apoio do Governo do Estado, capacitamos nossas equipes, reorganizamos a atenção básica e podemos acompanhar mais de perto nossas gestantes”, declarou.
Atualmente, a Maternidade Municipal de Cândido de Abreu faz, em média, de 14 a 17 partos por mês. Com a implantação da Rede Mãe Paranaense, a unidade se tornou referência para atender gestações de risco habitual. As demais gestantes de risco intermediário ou alto risco são encaminhadas para o Instituto de Saúde Bom Jesus de Ivaiporã, que conta com uma estrutura mais especializada.
Fonte: http://bit.ly/1HeHw1H
