Notícia: Cientistas buscam algoritmo para indicar risco de doença

Publicado em 18 de jun. de 2015

Cientistas buscam algoritmo para indicar risco de doença


Eles reviram diariamente os dados de consultas médicas e de exames feitos por 1,7 milhão de brasileiros
Cientistas buscam algoritmo para indicar risco de doença

Quatorze cientistas baseados na cidade de Asheville, no Estado da Carolina do Norte (EUA), reviram diariamente os dados de consultas médicas e de exames feitos por 1,7 milhão de brasileiros.

O grupo, formado por doutores em matemática e em estatística, busca construir algoritmos capazes de dizer quando um indivíduo desenvolverá uma doença ou a probabilidade de que ele tenha problemas de saúde.

O time é uma das apostas da SulAmérica, quarta maior operadora de saúde do país, para avançar na prevenção de doenças e reduzir o número de internações.

"As doenças estão aí, basta a gente conseguir identificar", diz Maurício Lopes, vice-presidente da SulAmérica.

O atendimento ao público idoso tem papel de destaque nessa estratégia. Eles são 10% da população de segurados, mas boa parte possui doenças crônicas e apresenta taxa elevada de internação.

Com os dados reunidos pelos cientistas, é possível selecionar os idosos que necessitam de atenção especial e melhorar a abordagem nos programas de prevenção.

Segundo a SulAmérica, hoje idosos que participam dos programas têm 31% de redução na frequência de internação e 25% no tempo que ficam internados. Com isso, há redução de pelo menos 20% nos custos para a empresa.

"Se não tivermos um processo de gestão de saúde robusto e permanente, não teremos sustentabilidade", diz Lopes. Hoje há 5.500 idosos nos programas. A meta para 2014 é chegar a 12 mil.

Para massificar as iniciativas de prevenção, a empresa lançou uma plataforma de atendimento on-line em parceria com a americana Healthways International. Por meio dela, é possível encontrar especialistas para dar dicas de cuidados pessoais e alimentação. Neste ano, a empresa investirá pelo menos R$ 70 milhões para custear as iniciativas.


Fonte: Folha de S. Paulo

topo