A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) está reforçando as ações voltadas à garantia dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres da Região Metropolitana de Curitiba. Uma das medidas é a ampliação do número de profissionais capacitados na inserção do DIU (Dispositivo Intrauterino de Cobre), um dos mais eficazes métodos contraceptivos disponíveis gratuitamente pelo SUS.
Na quarta-feira (18), cerca de 80 profissionais da rede pública de saúde participaram de uma oficina, em Curitiba, para tratar sobre o tema. A programação contou com palestras e debates abordando questões relacionadas à saúde da mulher, prevenção de doenças, teste da mãezinha, coleta de exames, planejamento reprodutivo, entre outras ações da Rede Mãe Paranaense.
Já nesta quinta (19), o curso foi direcionado exclusivamente a 20 médicos e 20 enfermeiros da atenção primária à saúde, com aulas práticas de inserção do DIU e coleta de exame citopatológico nas unidades de saúde de Fazenda Rio Grande e Colombo. O evento faz parte do projeto Qualisus-Redes, que apoia a implantação e qualificação de redes de atenção nas principais regiões metropolitanas do país.
De acordo com a chefe do Departamento de Atenção Primária da Sesa, Shunaida Sonobe, o objetivo é fortalecer a retaguarda de atendimento às mulheres, incorporando novos serviços às unidades de saúde e melhorando o acesso aos principais métodos contraceptivos. “Estamos capacitando profissionais que serão referências técnicas em suas cidades. Com isso, será possível oferecer atenção integral à saúde da mulher o mais perto de casa”, disse.
Oferta
No município de Fazenda Rio Grande, por exemplo, os resultados da oficina serão sentidos imediatamente pela população. Pelo menos 70 mulheres aguardam pela inserção do DIU na cidade, que agora conta com um profissional devidamente treinado para realizar o procedimento.
“Estávamos há algum tempo sem esse serviço no município. Agora, vamos começar a oferecê-lo aqui na Unidade Mãe Fazendense e posteriormente em todas as unidades de saúde, após a capacitação das equipes”, destacou o enfermeiro Wheverton Barbosa.
Uma das primeiras mulheres a passar pelo procedimento na Unidade Mãe Fazendense foi Stefany da Costa, de 18 anos. Ela conta que teve sua primeira filha há pouco mais de um ano e agora optou por usar o DIU. “Meu marido e eu conversamos e decidimos que não é o momento de ter mais um filho. Depois disso, a equipe aqui da unidade me apresentou uma série de métodos e o DIU foi o que mais me interessou”.
Kits
Para facilitar essa escolha, todas as unidades de saúde da RMC estão recebendo também um kit ilustrativo de saúde reprodutiva. A intenção é que, durante as consultas, o profissional de saúde demonstre como funciona cada método contraceptivo. Desta forma, a mulher terá como escolher o que melhor se adapta.
“É importante destacar que o DIU, a pílula anticoncepcional e outros métodos servem apenas para evitar a gravidez e não são indicados para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Portanto, o uso do preservativo, seja masculino ou feminino, são sempre recomendados”, alerta Shunaida.
Fonte: Secretaria de Saúde do Paraná