Notícia: Venda de genéricos desacelera em 2014

Publicado em 20 de jan. de 2015

Venda de genéricos desacelera em 2014


Indústria esperava crescimento de 15% no ano, mas expansão ficou em apenas 10,6%
Venda de genéricos desacelera em 2014

O desempenho das vendas de medicamentos em 2014 ficou abaixo das expectativas do setor, sobretudo as de genéricos, carro-chefe das indústrias nacionais. Informações levantadas pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a (Pró Genéricos), com base nos indicadores da consultoria IMS Health, apontam que foram comercializadas 871,7 milhões de unidades de genéricos no ano passado, aumento de 10,6% sobre 2013. A estimativa era de que a expansão poderia chegar a 15% no ano.

Já a venda de medicamentos totais atingiu 3,12 bilhões de unidades, alta de 7,8% sobre o ano anterior. A receita, no mesmo período, foi de R$ 65,8 bilhões, aumento de 13,3% sobre 2013. O faturamento das indústrias de genéricos foi de R$ 16,25 bilhões, crescimento de 18,5% sobre 2013.

Mesmo com uma expansão acima de dois dígitos, a presidente da Pró Genéricos, Telma Salles, afirma que o setor não avançou como era o esperado. O crescimento mais "magro", segundo ela, reflete o desaquecimento da economia em 2014 e acesso mais limitado à saúde.

Telma acredita que em 2015 as indústrias terão novos desafios pela frente. "Vejo com preocupação. Será um ano mais difícil, por conta dos ajustes e da retração do crédito." De acordo com ela, embora a indústria de genéricos não tenha alcançado o crescimento de 15% esperado para o ano, Telma reconhece que o segmento de genéricos tem forte potencial de expansão pela frente. "Com preços, em média, 60% inferiores aos produtos de referência (protegidos por patente), os genéricos ganham ainda mais relevância em cenários de economia estagnada e risco de comprometimento na renda", afirma. "Nossa projeção inicial era que, ao completar 15 anos no País em 2014, os genéricos representassem 40% das vendas totais de medicamentos, mas encerramos com 28% de participação. A meta agora é alcançar essa marca daqui a cinco anos."

Fonte: Estadão



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