O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde iniciará em breve a distribuição de duas novas formulações de medicamentos. O primeiro é o ritonavir 100 mg na apresentação termoestável, que já se encontra no Brasil desde a última segunda-feira ( 3) e cuja distribuição será iniciada ainda esta semana. O segundo é o tenofovir 300 mg, composto com a lamivudina 300mg em um único comprimido – o chamado 2 em 1. O ritonavir, na apresentação termoestável – que pode ser mantida em temperatura de até 30°C – representa um avanço: até então, o remédio distribuído pelo Ministério da Saúde necessitava de armazenamento em câmara fria, com temperatura entre 2°C e 8°C. A apresentação termoestável proporcionará maior comodidade aos pacientes em uso do medicamento e, consequentemente, melhor adesão ao tratamento, facilitando ainda a logística de armazenamento, distribuição e dispensação.
O Ministério distribui esse medicamento desde 1997, mas é a primeira vez que o disponibiliza em apresentação termoestável. "Antes, a dificuldade era o armazenamento, a distribuição do medicamento e o seu uso no cotidiano dos pacientes. A novidade beneficiará cerca de 60 mil pacientes", afirmou o diretor do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, Fábio Mesquita.
Dois em um – O Ministério da Saúde começará também a distribuir em dezembro o tenofovir 300 mg, composto com a lamivudina 300mg em um único comprimido – o chamado "2 em 1". Assim como o "3 em 1", que começou a ser distribuído recentemente, essa apresentação também irá melhorar a adesão ao tratamento, por facilitar a administração dos medicamentos. O medicamento 2 em 1 será disponibilizado somente para os pacientes que não têm indicação clínica de uso conjunto com efavirenz 600 mg.
O "2 em 1" de tenofovir e lamivudina é produzido nacionalmente e distribuído pela Farmanguinhos/Fiocruz. Atualmente, aproximadamente 75.000 pacientes estão em uso das monodrogas, utilizando 1 comprimido de tenofovir e 2 comprimidos de lamivudina 150 mg ao dia. "Com o uso da tecnologia, é possível obter medicamentos que facilitem cada vez mais a adesão do tratamento, buscando sempre a supressão da carga viral. Assim conseguiremos enfrentar a epidemia de HIV/AIDS com mais essa arma, trocando a ingestão de três comprimidos por apenas um", afirmou o diretor.