A maioria das pessoas considera a gordura uma vilã para a saúde, mas na verdade, ela é uma fonte importante de energia, ajuda na produção de hormônios, no metabolismo de vitaminas e ossos e também no funcionamento de tecidos e do cérebro. Como afirmou a nutricionista Ana Maria Lottenberg no Bem Estar desta segunda-feira (20), a gordura é essencial para a saúde e precisa ser consumida, principalmente aquelas que vêm de origem vegetal; o problema, no entanto, é o consumo em excesso.
De acordo com a nutricionista, todas as gorduras têm valor calórico e é preciso tomar cuidado; o que muda é que umas podem ser mais saudáveis do que outras. O ideal é reparar no rótulo – se a porção tiver mais do que 4% de gordura, já é muito.
O tipo mais prejudicial é a trans – apesar de alguns alimentos dizerem no rótulo que não têm gordura trans, é importante checar se nos ingredientes tem "gordura vegetal hidrogenada", porque é com ela que se produz a trans.
O cardiologista Marcelo Bertolami falou também sobre a gordura saturada, que aumenta o colesterol ruim, mas também aumenta um pouco o colesterol bom – porém, como explicou o médico, o prejuízo é maior do que o benefício. Por último, os especialistas falaram de gorduras insaturadas, presente nos óleos vegetais, que não aumentam o colesterol ruim, mas podem levar ao aumento de peso, porque têm calorias.
O azeite e o óleo, por exemplo, apesar de serem gorduras boas, devem ser consumidos com moderação – o ideal é usar cerca de 2 a 3 colheres de sopa por dia de cada um; na salada, a dica é colocar menos de meia colher apenas. É preciso prestar atenção ainda à gordura que está presente já na preparação dos alimentos, como a do pastel de feira – em uma porção de 100 gramas, por exemplo, há 20 gramas de gordura total, que já é quase a quantidade ideal para consumir em um dia. O consumo em excesso pode levar ao aumento do colesterol, como alertou o médico – o colesterol ruim (LDL) é aquele que obstrui as artérias, enquanto o colesterol bom (HDL) evita que ocorra essa obstrução.