Notícia: Ministério da Saúde já iniciou segunda etapa da vacinação contra HPV

Publicado em 2 de set. de 2014

Ministério da Saúde já iniciou segunda etapa da vacinação contra HPV


Mais de 4,3 milhões de meninas de 11 a 13 anos já receberam a primeira dose da vacina. Tomar a segunda dose é fundamental para garantir a imunização.
Ministério da Saúde já iniciou segunda etapa da vacinação contra HPV

A segunda dose da vacina conta o vírus HPV, que protege contra o câncer do colo de útero, começa a ser aplicada em meninas de 11 a 13 anos, a partir da próxima segunda-feira (1º/9) em todo o Brasil. A aplicação da segunda dose, seis meses após a primeira, é fundamental para garantir a imunização contra o HPV até que receba a dose de reforço, em cinco anos. Com o esquema vacinal completo, a adolescente garantirá a proteção contra o câncer de colo do útero, terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

O Ministério da Saúde passou a ofertar a vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) em 10 de março. Em apenas seis meses, 4,3 milhões de meninas nessa faixa-etária já foram vacinadas, atingindo 87,3% do público-alvo - uma das maiores coberturas para essa vacina em todo o mundo. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% das 4,9 milhões de meninas de 11 a 13 anos residentes no país.

De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, todos os estados conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal da primeira dose da vacina. “Estamos lidando com efeito de saúde pública de grande magnitude. As estimativas para este ano é de que ocorram 15 mil novos casos de câncer do colo de útero e cerca de 4,8 mil óbitos.  No entanto, a combinação do sucesso na expansão da imunização contra o vírus do HPV, com a forte mobilização dos estados, municípios, escolas públicas e privadas, e dos meios de comunicação, juntamente com a ampliação da estratégia do Papanicolau nas Unidades Básicas de Saúde, conseguiremos reduzir significativamente esse tipo de câncer nos próximos anos no país”, afirmou o ministro.

A vacinação nas escolas foi o diferencial para o alcance da meta nacional. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda aos municípios repetir a estratégia para a aplicação da segunda dose. Para quem preferir ir ao serviço de saúde, a vacina está disponível, durante todo o ano, nas mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo Brasil.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, informa que “a vacina contra o HPV tem eficácia comprovada e utilizada em mais de 50 países. Há ainda mais cerca de 150 países querendo disponibilizar a vacina, porém, não disponibilizam de recursos em seus sistemas de saúde”. Ele alertou para o fato de que “sem a segunda dose, não há proteção, e que as meninas que ainda não tomaram a primeira dose, podem procurar os postos de vacinação, pois não se trata de uma campanha, e sim, de uma nova vacina que passou a incorporar o calendário de imunização do sistema público de saúde”, disse Jarbas.

TRÊS DOSES – A vacina também está disponível para aquelas que ainda não tomaram a primeira dose. Para receber a segunda dose da vacina HPV, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação na unidade de saúde. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo que a segunda, seis meses depois da primeira, e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose. Neste ano, serão vacinadas as adolescentes do primeiro grupo (11 a 13 anos). Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, às meninas de 9 anos.

Para o primeiro ano de vacinação, o Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses. O SUS oferece a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais.

Além de adquirir as doses para a vacinação, o Ministério da Saúde firmou uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Butantan e o laboratório Merck para a produção da nacional da vacina. Serão investidos R$ 1,1 bilhão na compra de 36 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. A PDP possibilitou uma economia estimada de US$ 19,7 milhões na compra da vacina em 2014. O Ministério da Saúde pagará R$ 31,02 por dose, o menor preço já praticado no mercado.

Fonte: Portal Saúde



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