Notícia: Paraná vai implantar ações para ampliar segurança dos pacientes

Publicado em 22 de mai. de 2014

Paraná vai implantar ações para ampliar segurança dos pacientes


As ações fazem parte da política nacional de segurança do paciente, proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Paraná vai implantar ações para ampliar segurança dos pacientes

A Secretaria Estadual da Saúde promoveu na última quarta-feira (21/05), em Curitiba, um seminário para apresentar medidas que contribuem para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde e ampliem a segurança do paciente nesses estabelecimentos. As ações fazem parte da política nacional de segurança do paciente, proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Estima-se que cerca de 10% dos pacientes estão sujeitos a eventos adversos durante o período de internação. Nesses casos, o risco de agravamento do quadro clínico inicial do paciente aumenta por conta de acidentes, infecções e outras situações. Além disso, dados mostram que 66% desses eventos poderiam ser evitados.

O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, explica que é importante atuar nesta área para garantir ambientes hospitalares mais seguros no Paraná. “O paciente internado em um hospital geralmente está numa situação vulnerável e por isso não pode sofrer nenhum tipo de intercorrência durante o tratamento”, ressaltou.

O seminário reuniu cerca de 400 pessoas, entre profissionais de saúde, gestores municipais e de hospitais, técnicos da vigilância sanitária, representantes de entidades médicas e estudantes. Na ocasião o CRF-PR foi representado pelo Farmacêutico Dr. Jackson C. Rapkiewicz, Gerente do Centro de Informações sobre Medicamentos - CIM/CRF-PR.


De acordo com a gerente-geral de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa, Diana Carmem de Oliveira, a realização deste tipo de seminário é essencial para a disseminação da cultura de segurança do paciente dentro dos serviços de saúde. “Quem ganha é a população que é atendida de forma mais segura e os profissionais de saúde que também ficam menos expostos a situações de risco”, destacou.

MEDIDAS - A programação abordou a situação atual dos serviços de saúde brasileiros em relação ao tema. Além disso, as palestras e mesas redondas destacaram seis medidas principais que devem ser implantadas pelos hospitais e que refletem diretamente na segurança do paciente: identificar corretamente o paciente; melhorar a comunicação entre profissionais de saúde; melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos; assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos; higienizar as mãos para evitar infecções; reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão.

Para o chefe do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Paulo Costa Santana, isso tudo deve ser incorporado à rotina das equipes que atuam nos hospitais. “É uma questão de hábito. A higiene das mãos, por exemplo, é considerada a medida mais eficaz para a prevenção das infecções hospitalares”, afirmou.

OBRIGATORIEDADE - Desde o ano passado, todos os hospitais são obrigados a contar com núcleos específicos para desenvolver ações de segurança do paciente. Estes setores são responsáveis por instituir planos de ação na área e notificar todo caso de evento adverso ocorrido no hospital ao sistema de informação da Anvisa.

Todos os hospitais estaduais e filantrópicos que aderiram ao programa HospSUS, do Governo do Estado, já desenvolvem ações nesta área. O Hospital Infantil Waldemar Monastier, de Campo Largo, inclusive já recebeu uma certificação em acreditação hospitalar, título concedido às instituições que seguem padrões rígidos de segurança e qualidade.


Fonte: SESA-PR



topo