A demora na aprovação da pesquisa clínica no país fez com que o Brasil deixasse de participar do desenvolvimento de 112 medicamentos. É o que apontam dados da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, divulgados na última semana no lançamento da Aliança Pesquisa Clínica Brasil, que pretende sensibilizar as agências reguladoras para a mudança da regulação do setor. As informações são da Agência Brasil. A pesquisa clínica é a fase em que os desenvolvedores testam o novo remédio em voluntários e compara o resultado com os efeitos das drogas mais modernas do mercado usado por outro grupo de pacientes.
Laboratórios e universidades de todo o mundo buscam ao mesmo tempo diversos países para executarem suas pesquisas, e junto delas também vão investimentos nas entidades que a recebem, inclusive em universidades. Para isso são elaborados protocolos que explicam, entre outras coisas, no que consiste a pesquisa, a que tipo de procedimento o paciente será submetido, os possíveis sintomas. Estes protocolos são avaliados pelos países, que autorizam ou não a pesquisa.
Segundo a Aliança, o processo para a aprovação desta fase no Brasil, que é o sexto maior mercado farmacêutica do mundo e 15º em participação em pesquisas clínicas, demora entre 12 e 15 meses, enquanto que nos Estados Unidos, maior mercado mundial de medicamentos e maior centro de pesquisa, dura cerca de dois meses e na maioria dos países europeus dura pouco mais de dois meses e meio.