Notícia: Anvisa planeja mudar regras para a venda de medicamentos similares

Publicado em 5 de dez. de 2013

Anvisa planeja mudar regras para a venda de medicamentos similares


Até 2014, esses medicamentos deverão passar por teste para garantir que funcionam tão bem quanto os genéricos ou os medicamentos de referência.
Anvisa planeja mudar regras para a venda de medicamentos similares

Sucesso nas farmácias por causa do preço baixo, os chamados medicamentos similares podem ganhar em breve também a confiança da classe médica. Até 2014, esses medicamentos deverão passar por teste de bioequivalência para garantir que funcionam tão bem quanto os genéricos ou os medicamentos de referência. Com a eficácia do similar assegurada, os médicos terão mais confiança para prescrevê-lo e a tendência é que a concorrência ajude a reduzir os preços.

Hoje, os similares já dominam as vendas, mas a maioria não é receitada, apesar de ter nomes comerciais famosos, como Melhoral Infantil ou Resfenol, porque a bioequivalência ainda não está oficialmente comprovada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão formula uma nova legislação, que terá de ser aprovada pelo Congresso, para permitir que o farmacêutico possa sugerir similares comprovadamente eficazes em substituição a medicamentos de referência ou genéricos receitados pelos médicos. Hoje, isso é autorizado apenas para os genéricos, que já têm a sua bioequivalência comprovada.

No mês passado, a Anvisa fez um chamamento público via internet para colher a opinião da população. O órgão também deve fazer uma audiência pública em breve. A mudança na legislação estava prevista desde 2003, com a Resolução n.º 304, que estabeleceu o prazo até 2014 para a realização dos testes de equivalência farmacêutica e biodisponibilidade relativa – comprovação científica de que os similares produzem o mesmo efeito, na mesma dosagem e no mesmo tempo gasto pelo medicamento de referência.

“Mais de 90% dos medicamentos similares já passaram pelos dois testes necessários”, afirma Geraldo Monteiro, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais (Abradilan). Para ele, a nova regra vai facilitar o acesso a um número maior de medicamentos. “O preço do similar é mais baixo do que o de referência. A pessoa que vai à farmácia está comprando um produto de necessidade e em muitos casos terá de consumi-lo por bastante tempo. O preço importa bastante”, diz.


Clique aqui e confira na íntegra a matéria publicada no site Gazeta do Povo com informações do CRF-PR



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