Coordenadores e professores de cursos de Farmácia do Brasil e dos países das Américas, de Portugal e Espanha, diretores do Conselho Federal de Farmácia (CFF), e Conselheiros Federais se reuniram, em Brasília para discutir o ensino farmacêutico, nos países ibero-americanos. Eles participam da “XVI Conferência Ibero-americana de Faculdades de Farmácia” e “V Congresso Íbero-americano de Ciências Farmacêuticas”, da Coiffa (Conferência Ibero-americana de Faculdades de Farmácia), realizados paralelamente à ”VIII Conferência Nacional de Educação Farmacêutica”, do CFF. Os eventos tiveram por tema central “Ciências farmacêuticas: formação, inovação e serviço” promovidos pelo CFF. Na ocasião o Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR) foi representado pela Farmacêuticas, Dra Cynthia Bordin e Dra. Nilce Nazareno da Fonte, membros da Comissão de Educação do CRF-PR.
O Presidente do CFF, Walter Jorge João, disse, em discurso proferido na solenidade de abertura dos eventos, que o novo contexto socioeconômico e de saúde impõem transformações radicais às populações de todo o mundo, oferece-lhes novas necessidades em saúde e diferentes respostas terapêuticas. “Essas mesmas mudanças reverberam profundamente em nossa profissão, como a gritar pelo nosso socorro sob a forma de cuidados clínicos”, salientou Dr. Walter Jorge.
Disse que o ensino farmacêutico precisa ficar atento a essas novas realidades, e acompanhar as tecnologias de que os futuros farmacêuticos irão se valer, na lida do dia-a-dia, assim que saírem da universidade. “As faculdades devem fazer um ajuste de rota, sob pena de o ensino que oferecem não mais atenderem às necessidades sanitárias, sociais, mercadológicas e profissionais dos seus países”, alertou.
Ele elogiou a Coiffa pela disposição e inquietação de buscar o fortalecimento do ensino farmacêutico. “Não é sem motivo que universidades de 19 países estão filiadas à entidade. A resposta para o seu tamanho está em sua credibilidade. Está na confiança que ela inspira”, realçou o Presidente do CFF.
TEMAS - A Coiffa trouxe para o Brasil discussões em torno do tema central “Ciências Farmacêuticas: formação, inovação e serviço”. As suas sessões temáticas, minicursos, palestras e painéis abordarão, ainda, assuntos, como “Educação farmacêutica”, “Formação para a farmácia comunitária”,
“Farmácia como estabelecimento prestador de serviços de saúde”, “As análises clínicas no contexto da rofissão farmacêutica”, “Práticas em serviços”, “Logística reversa”, “Práticas pedagógicas de avaliação”, “Práticas integrativas e complementares”, “Falsificação de medicamentos” e outros.
INOVAÇÃO – Já o Presidente dos Congressos, professor Radif Domingos, de Goiás, afirmou, em seu discurso, que a busca da inovação é um dos desafios que devem ser enfrentados pelas faculdades de Farmácia. Ele destacou o número de trabalhos científicos (205) apresentados por farmacêuticos de todo o País. Segundo ele, o significativo número é prova do sucesso dos eventos da Coiffa. Radif Domingos foi Diretor da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Já o Presidente da Coiffa, José Augusto Guimarães Morais, de Portugal, ressaltou o sentido de aproximação entre as faculdades de Farmácia e farmacêuticos dos países das Américas, Portugal e Espanha. “Este é um momento alto de aproximação entre os povos ibero-americanos”, reforçou. Segundo Morais, quando se discute o ensino farmacêutico, deve-se levar em conta o seu sentido de transnacionalidade, decorrente da complexidade da profissão e da quebra de fronteiras que deve haver no setor. José Augusto Morais é professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
Fonte: Assessoria de Comunicação CFF