A operação Pharma Lícita terminou no final da tarde do último dia 27 de março com a apreensão de 5 mil medicamentos irregulares em 22 farmácias da cidade. Conforme balanço divulgado no início da noite pela Polícia Federal, um farmacêutico e dois proprietários dos estabelecimentos foram presos em flagrante por crimes contra a saúde pública, contra o consumidor, posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas, por terem em depósito e colocarem à venda medicamentos controlados.
A ação, que começou fiscalizando 13 locais ontem e continuou por mais nove hoje, envolveu 50 policiais federais, sete fiscais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e agentes da Vigilância Sanitária Estadual e Municipal. A agência interditou quatro estabelecimentos e suspendeu a comercialização de medicamentos controlados de tarja preta cautelarmente em duas farmácias de uma grande rede. O informe não cita o nome das empresas.
Entre os medicamentos controlados pela portaria 344/1998 do Ministério da Saúde encontrados sem escrituração estão o rohpynol e dalmadorm, empregados em golpes como o "Boa noite, Cinderela", o diazepan, anabolizantes, a metanfetamina ritalina e o roacutan. Este último, de acordo com a PF, se consumido incorretamente pode causar o aborto. Os responsáveis pelos estabelecimentos responderão a inquéritos policiais instaurados pela PF e também a processo administrativo junto à Anvisa.
Nas 22 farmácias fiscalizadas, entre os 5 mil medicamentos apreendidos, a operação encontrou fitoterápicos sem registro na Anvisa, produtos vencidos, controlados vendidos sem receita, produtos de uso restrito de hospitais, respiradouros de inalação sem registro, receitas médicas e cosméticos importados irregularmente. Os agentes também apreenderam uma pistola calibre 380 sem registro, contendo 13 munições e um simulacro de arma de fogo.
A operação Pharma Lícita teve origem em diversas denúncias recebidas pela delegacia da Polícia Federal de Guarapuava ao longo de 2012, versando sobre diferentes tipos de crimes e irregularidades na comercialização e manipulação de medicamentos.
Fonte: Diário de Guarapuava