Notícia: Presença de farmacêutico reduz custo com antibiótico, mostra pesquisa premiada

Publicado em 18 de dez. de 2012

Presença de farmacêutico reduz custo com antibiótico, mostra pesquisa premiada


Trabalho venceu um dos mais importantes prêmios do setor farmacêutico do Brasil
Presença de farmacêutico reduz custo com antibiótico, mostra pesquisa premiada

Pesquisa desenvolvida no Hospital Pequeno Príncipe, premiada nacionalmente, mostrou que a inserção do farmacêutico clínico na Unidade de Terapia Intensiva Cardíaca Pediátrica reduz em 57% os custos com medicamentos para tratamento de infecções. O resultado decorre de um tratamento mais personalizado e do uso mais bem dosado de antibióticos. Essa prática traz outro importante benefício: a redução em cinco dias do tempo médio de internação.

O estudo foi baseado em uma análise comparativa entre 2010 e 2011. No primeiro ano a equipe clínica da UTI trabalhou sem a presença permanente do farmacêutico clínico. No segundo, o profissional participou cotidianamente do setor. A discussão permanente entre médicos, enfermeiros e o farmacêutico permitiu um aprofundamento da análise de cada caso – e os consequentes resultados. No caso da UTI Cardíaca do Pequeno Príncipe, o tempo médio de internação caiu em cinco dias – de 28 para 23.
“Em geral, infecções bacterianas tem boa resposta com antibióticos entre 7 a 14 dias. Após as medidas de intervenção e as auditorias frequentes do farmacêutico, para alguns casos a duração do tratamento foi finalizada em até dez dias”, explica a farmacêutica que liderou a pesquisa, Dra. Marinei Campos Ricieri.

As intervenções sobre o tempo de tratamento e o número de prescrições de antibióticos interferem diretamente sobre o custo. Em 2011, o gasto com antibióticos para os 130 pacientes monitorados passou de R$ 46 mil para R$ 19 mil – 57% a menos.
”A Farmácia Clínica é essencial e estratégica na assistência hospitalar, tanto para a gestão de risco, ajudando a minimizar os erros de medicação, quanto para gerenciamento de recursos”, afirma Marinei. Ela ressalta que a pesquisa contribui para a discussão das políticas institucionais dos hospitais.


Reconhecimento

O estudo obteve reconhecimento nacional. Foi o 1º lugar no Prêmio Jayme Torres de Farmácia, um dos mais importantes da área, concedido pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). O prêmio será entregue em 20 de janeiro de 2013, durante solenidade em Brasília.
Participaram do estudo o médico pediatra do Controle de Infecção Hospitalar do Pequeno Príncipe, Fábio de Araújo Motta; a médica intensivista, Andrea Lenzi; e a coordenadora do curso de Farmácia da Faculdades Pequeno Príncipe, Rosiane Mello.


UTI

A UTI foi escolhida para o estudo porque é o setor com mais consumo de antibióticos, quando comparado com outras unidades assistenciais. Além disso, reúne procedimentos de saúde complexos.
A atuação do farmacêutico na UTI Cardíaca está associada à criação da EIMA - Equipe Interdisciplinar de Manejo do Antimicrobiano. O grupo técnico é formado por uma farmacêutica, um médico intensivista, um médico do controle de infecção e duas enfermeiras, sendo uma do controle de infecção e outra da UTI. A equipe se reúne no mínimo uma vez por semana para discutir os casos e tomar as providências devidas
 



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