Pesquisadores de Boston anunciaram no mês de outubro, que um dos maiores estudos clínicos de longo prazo com multivitamínicos nos Estados Unidos – englobando 14 mil médicos (apenas homens participaram) com pelo menos 50 anos num período de mais de uma década – constatou que ingerir uma combinação comum de vitaminas e minerais essenciais todo dia reduziu a incidência de câncer em oito por cento, na comparação com o placebo.
Segundo o estudo, os maiores beneficiários foram homens que tiveram câncer num estágio anterior da vida. As mortes por câncer também foram menores entre quem ingeria vitaminas, embora essa descoberta possa ter sido casual. Curiosamente, o regime vitamínico não reduziu o índice de câncer de próstata, o mais comum a afetar os homens.
Os pesquisadores também procuraram efeitos colaterais e descobriram que as vitaminas diárias causaram somente problemas menores, como erupções cutâneas ocasionais.
Embora a redução de 8% na taxa total de câncer seja bastante modesta, Demetrius Albanes, investigador sênior do Instituto Nacional do Câncer, assegurou que as implicações potenciais sobre a saúde pública são enormes.
"Se você pensar nas centenas de milhares de casos novos de câncer a cada ano, oito por cento pode resultar numa bela soma."