Mais um tipo de medicamento está à disposição dos pacientes que fazem tratamento para dor crônica. O Ministério da Saúde atualizou o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas da Dor Crônica, lançado em 2002, com a incorporação do medicamento gabapentina para o tratamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Portaria n° 1.083 traz a inclusão do medicamento, além de orientações aos profissionais quanto ao seu uso. As diretrizes trazem critérios de diagnósticos, tratamento, controle e avaliação e é de caráter nacional e dever ser utilizado pelos profissionais de saúde para garantir o acesso e qualidade no atendimento aos pacientes.
O medicamento gabapentina é utilizado no tratamento da dor neuropática -- localizada em qualquer ponto de uma via nervosa por lesão ou disfunção de estruturas do sistema nervoso periférico ou central -- e que não responde aos antidepressivos e antiepilépticos. Os benefícios esperados são o alívio da dor, garantindo qualidade de vida aos pacientes. Estas medidas são resultados da consulta pública realizada em 2011, que previa a atualização do Protocolo Clínico.
Outros medicamentos no SUS
O governo ampliou de medicamentos ofertados pelo Sistema Único de Saúde. Entre os destaques estão a biotina, indicada para o tratamento de pessoas com deficiência de biotinidase (falta de vitamina H), e o clobetasol, recomendado contra a psoríase (doença de pele).
O clobetasol é uma nova opção de tratamento para pacientes com psoríase moderada (que tenham mais de 10% da pele comprometida). O medicamento será ofertado em pomada e xampu.
No caso da biotina, o Ministério da Saúde informou que o medicamento é considerado a primeira opção de tratamento para pacientes com deficiência de vitamina H.
Além do clobetasol e da biotina, o SUS vai passar a oferecer medicamentos que ampliam a linha de cuidados a três diferentes patologias: sildenafila, para o tratamento de esclerose sistêmica; tacrolimo, para síndrome nefrótica primária; e naproxeno, para espondilite ancilosante.
Os medicamentos estarão disponíveis em hospitais e unidades básicas de saúde em um prazo máximo de 180 dias. As inclusões devem gerar um impacto de R$ 7 milhões no orçamento para assistência farmacêutica básica de 2013.
Fonte: CRF-SP