Um grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu um estudo que usa a proteína de uma lagarta para regenerar tecidos humanos. A técnica pode ser aplicada para tratar desde asma até rugas.
Os especialistas do Instituto Butantan, em São Paulo, começaram a estudar a lagarta Lonomia há seis anos, por causa dos estragos que ela causava às plantações. Durante a análise, eles encontraram nas cerdas desses animais a proteína "Lopap", que estimula o corpo a produzir substâncias que regeneram alguns tecidos, como a pele.
Os cientistas usaram essa propriedade cicatrizante da substância no desenvolvimento de um medicamento, que testado em animais, se mostrou mais eficaz do que os disponíveis hoje. A cicatrização da pele foi até 40% mais rápida, e não houve nenhum registro de queloide – cicatrização irregular, que causa nódulos na pele.
O próximo passo é testar o tratamento em seres humanos. Os principais beneficiados devem ser as vítimas de doenças degenerativas e queimaduras, assim como os diabéticos, cuja cicatrização da pele é mais lenta.
Outra opção é usar a técnica para tratamentos estéticos, como a redução de rugas. “Quando você fala em regeneração, pensando nas moléculas que esta proteína estimula as células da pele a produzir, você pode pensar, sim, em rejuvenescimento”, afirmou Ana Marisa Chudzinsk-Tavassi, diretora do Laboratório de Bioquímica e Biofísica do Instituto Butantan, que coordenou a pesquisa.
Fonte: Site G1