FDA (agência americana que regula drogas e alimentos) discute nesta quinta-feira a segurança dos anticoncepcionais contendo o hormônio drospirenona e se eles devem ou não continuar no mercado.
Novos estudos têm demonstrado que essas pílulas (Yasmin, YAS, Beyaz e Safyral) triplicam o risco de coágulos no sangue em relação às pílulas antigas, à base de levonorgestrel. As pílulas Yasmin e YAS são vendidas no Brasil.
Todos os anticoncepcionais podem causar trombose, mas quatro em seis estudos publicados nos últimos três anos demonstraram que os contraceptivos com drospirenona são mais arriscados.
Como as outras pílulas, a Yasmin é uma combinação dos hormônios estrógeno e progestagênio. Mas nos outros contraceptivos o progestagênio mais usado é derivado da testosterona.
A pílula Yasmin, porém, é derivada da drospirenona, substância que é diurética (aumenta a eliminação de líquidos no organismo) e também uma "poupadora" de potássio (impede que o organismo absorva muito sal). Segundo os pesquisadores, pode estar aí a origem do risco aumentado para trombose.
Dados do FDA mostram que ao menos 190 mulheres morreram após tomar pílulas à base de drospirerona.
DIA SEGUINTE
A secretária de Saúde americana, Kathleen Sebelius, reverteu na quarta-feira (7) uma decisão da FDA que permitiria a venda de uma pílula do dia seguinte sem receita médica para jovens de 16 anos ou menos.
Hoje, a Plan B é vendida sem receita para maiores de 17 anos. No Brasil, contraceptivos de emergência são vendidos sob prescrição médica.
Fonte: Site Folha